Cidade de Mossoró
Cronologicamente
a história de Mossoró poderia ter início em 1605, quando, segundo Câmara
Cascudo, Jerônimo de Albuquerque, colonizador do Rio Grande do Norte, doou aos
filhos uma sesmaria na área correspondente a onde se encontra Mossoró. Porém, o
historiador assegura que nesta época a região era explorada exclusivamente pelo
sal e nem mesmo as salinas trabalhadas pelos holandeses em 1643 influenciaram o
povoamento da região.
Câmara
Cascudo assinala portanto o povoamento de Mossoró através de duas correntes:
uma que subiu do litoral e outra que descia do rio Apodi-Mossoró. Existe
carência de informações históricas sobre os primeiros posseiros de terra, mas
Câmara Cascudo cita 1678 como data de destaque. Neste ano diversos moradores
das capitanias de Pernambuco e Rio Grande(nesta época não se dizia do Norte)
resolveram povoar o sertão ao longo do Rio Upanema.
Entre
1683 e 1725, o historiador Vingt-um Rosado registra movimento de rebeldia
indígena, principalmente na região do Assu. Para combater os índios é chamado o
“terço dos paulistas”, comandado por Domingos Jorge Velho. Apesar deste fato(extermínio
de índios) ter ocorrido em Assu, foi fundamental para o povoamento de Mossoró.
A
ocupação real da atual Mossoró foi realizada no século 18, quando mais
sesmarias são distribuídas. Segundo o historiador Olavo de Medeiros Filho, a
fazenda do Monxoró já existia em 1712, pertencente ao capitão Teodorico da
Rocha e Bonifácio da Rocha. Esta fazenda em 1739 já se chamava Santa Luzia,
embora não existam dados exatos sobre os seus proprietários. Segundo Câmara
Cascudo em 1754, o dono da Fazenda Santa Luzia era José de Oliveira Leite, e em
1770 o sargento Antônio de Souza Machado já aparece como proprietário da
Fazenda.
Foi
Souza Machado que encaminhou autorização às autoridades competentes para
construir uma capela. A provisão concedendo a licença oficial para a edificação
deste capela data de 05 de agosto de 1772. Vingt-um Rosado defende esta data
como a da fundação da cidade, pois a partir da Capela de Santa Luzia – mesmo
nome da fazenda – surgiu o núcleo populacional em torno do edifício religioso.
Este
povoamento faria a cidade ser alçada posteriormente a condição de Vila e depois
gradativamente em comarca e cidade.
FONTE: Jornal Gazeta do Oeste, edição de 11 de dezembro de 1994.
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